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A Recuperação dos Fundos de Shopping Centers: Uma Análise Pós-Pandemia

Escrito por FiiAlerta | 12/11/2024 21:29:22

A pandemia de COVID-19 causou um dos maiores abalos já registrados no setor de shopping centers no Brasil, obrigando os lojistas a fechar temporariamente e os consumidores a se afastarem dos ambientes de lazer e comércio físico. Fundos Imobiliários (FIIs) focados em shopping centers sentiram o impacto direto, enfrentando uma queda significativa nas receitas e, em muitos casos, uma alta vacância. Contudo, com a reabertura da economia e o avanço da vacinação, o setor apresenta sinais de recuperação sólida. Vamos analisar como essa retomada vem acontecendo, quais FIIs se destacaram e o que esperar para o futuro dos fundos de shopping centers.

Retomada das Atividades

Após meses de restrições, os shopping centers voltaram a funcionar, ainda que com rigorosos protocolos sanitários. Em pouco tempo, observaram-se aumentos graduais no fluxo de visitantes e nas vendas. A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) registrou, em 2021, uma recuperação quase total das vendas para os níveis pré-pandêmicos, indicando uma resposta mais rápida do que o previsto. Esse aumento no fluxo e nas vendas reflete não apenas a demanda reprimida durante o isolamento, mas também a força e resiliência do setor.

Estratégias de Adaptação

Para sobreviver, os shopping centers não só reabriram, mas inovaram. Adoção de tecnologias de vendas omnicanal, como o drive-thru e televendas, além de alternativas como cinemas drive-in, demonstraram que a adaptação foi crucial para manter o setor relevante e acessível durante os piores momentos. Essa flexibilidade operacional trouxe uma nova dinâmica aos shopping centers, que continuam a integrar essas soluções para complementar a experiência de compra e lazer presencial.

Fundos Imobiliários em Destaque

HSI Malls (HSML11)
Com um portfólio diversificado e bem localizado, o HSML11 se recuperou fortemente. Em janeiro de 2022, o fundo registrou indicadores operacionais que superaram os de 2019, um sinal claro de que o público está retornando aos shoppings. A presença em diferentes regiões geográficas tem sido um diferencial importante.

Vinci Shopping Centers (VISC11)
Após um período difícil, o VISC11 registrou crescimento significativo em suas vendas, com um aumento de 40,8% em janeiro de 2022 em relação ao ano anterior. A gestão focada e a aquisição estratégica da Ancar Ivanhoe foram movimentos decisivos para impulsionar essa recuperação.

Hedge Brasil Shopping (HGBS11)
Considerado um dos líderes na retomada, o HGBS11 teve uma valorização de 8,44% em março de 2022, refletindo a confiança dos investidores na gestão e nas localizações estratégicas do portfólio do fundo. A forte recuperação e o gerenciamento eficiente têm sido fundamentais para o desempenho positivo do fundo.

Previsões para o Futuro

Crescimento Sustentado
A expectativa é de que o setor continue a se recuperar ao longo de 2022 e 2023, com projeções de que vendas e ocupação possam até superar os níveis de 2019 para shopping centers bem posicionados. Esse crescimento é amparado pela demanda reprimida e pelo desejo dos consumidores de retornar às experiências presenciais.

Desafios Macroeconômicos
O cenário macroeconômico, com inflação elevada e juros altos, representa um desafio significativo para o setor. Contudo, muitos analistas acreditam que a necessidade de espaços de convivência e de compras seguros e convenientes pode garantir uma demanda constante, favorecendo os shoppings que mantêm uma boa relação custo-benefício para os consumidores.

Transformação Digital e Omnicanalidade
A pandemia acelerou a necessidade de integração digital nos shoppings, e aqueles que seguem investindo em tecnologias de vendas online e no aprimoramento da experiência do consumidor, tanto digital quanto presencial, terão um diferencial competitivo. Espera-se que fundos que priorizem inovação e estratégias omnicanal sejam os mais bem-sucedidos no longo prazo.

Conclusão

Os fundos de shopping centers no Brasil têm demonstrado uma resiliência surpreendente e uma capacidade de adaptação que ajudaram o setor a retomar o crescimento após a pandemia. Apesar dos desafios econômicos, a recuperação tem sido sólida, com alguns FIIs se destacando por sua gestão estratégica e inovação. Para investidores que acreditam no potencial do varejo físico e digital, os FIIs de shopping centers oferecem uma oportunidade promissora de valorização.

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