O mercado de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) enfrentou um ano difícil em 2024, com o IFIX, principal índice do setor, fechando com uma queda de 5,89%. Essa desvalorização trouxe as cotas de muitos fundos para patamares abaixo de seus valores patrimoniais, acendendo o debate: é hora de aproveitar os descontos e comprar ou seria mais prudente esperar por sinais claros de recuperação? Neste artigo, analisamos o cenário atual, comparamos preços e valores patrimoniais, destacamos fundos com bons fundamentos e exploramos o que pode impulsionar uma retomada.
A queda do IFIX em 2024 reflete um cenário de incertezas econômicas e juros altos. Com a Selic elevada e a renda fixa oferecendo retornos atrativos, muitos investidores migraram para alternativas mais seguras, pressionando os preços das cotas dos FIIs.
Isso criou uma oportunidade: diversos fundos estão sendo negociados com descontos significativos em relação ao seu valor patrimonial, medido pelo indicador P/VPA (preço sobre valor patrimonial ajustado). Quando o P/VPA está abaixo de 1, a cota vale menos que os ativos do fundo, sugerindo um possível subpreço.
O P/VPA é uma métrica essencial para avaliar se um FII está caro ou barato. Em 2025, o mercado vê uma onda de fundos com P/VPA inferior a 1, indicando descontos que podem atrair investidores atentos.
Essa diferença não significa automaticamente uma barganha. É preciso olhar os fundamentos: gestão eficiente, qualidade dos ativos e consistência nos proventos são fatores que validam o potencial de recuperação de um fundo descontado.
Entre os exemplos de fundos negociados abaixo do valor patrimonial, dois se destacam por seus fundamentos sólidos. O MFII11 (Mérito Desenvolvimento Imobiliário) foca em renda urbana e projetos residenciais, como o Minha Casa Minha Vida, com uma gestão ativa que protege contra oscilações.
Já o TRXF11 (TRX Real Estate) investe em imóveis híbridos, como galpões e escritórios, com contratos de longo prazo que garantem estabilidade nos rendimentos. Ambos estão com descontos atrativos, mas seu desempenho futuro depende do contexto econômico.
O que pode fazer as cotas dos FIIs voltarem a subir? Um dos gatilhos é a queda da Selic. Se os juros recuarem, a renda fixa perde apelo, e os investidores podem retornar aos FIIs, elevando a demanda e os preços.
Outro fator é a melhora do cenário macroeconômico. Crescimento do PIB, controle da inflação e aumento da ocupação de imóveis podem beneficiar especialmente os fundos de tijolo. Para os de papel, a estabilização dos indexadores como CDI e IPCA também é um ponto positivo.
A decisão entre comprar agora ou aguardar depende do seu horizonte de investimento. Para quem mira o longo prazo, os descontos atuais podem ser uma porta de entrada, especialmente em fundos com fundamentos robustos. Porém, se o foco é curto prazo, cautela é recomendada, já que a volatilidade pode persistir.
Analistas apontam que o mercado já precificou boa parte dos riscos de 2025. Isso sugere que os preços atuais podem estar próximos de um "fundo", mas ninguém tem bola de cristal. Diversificar e escolher fundos de qualidade é uma forma de mitigar incertezas.
Os descontos nas cotas dos FIIs em 2025 abrem uma janela de oportunidades, mas exigem análise cuidadosa. Fundos como MFII11 e TRXF11 mostram que é possível encontrar valor mesmo em tempos difíceis. Fique atento aos sinais de recuperação e ajuste sua estratégia ao seu perfil.
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