O fundo de investimento imobiliário HGLG11, gerido pela Pátria Investimentos Ltda., é especializado em empreendimentos logísticos e industriais, com foco na aquisição, locação e desenvolvimento de imóveis. Em julho de 2025, o fundo continuou a demonstrar resiliência em um cenário macroeconômico desafiador, marcado por altas na Selic e discussões regulatórias. As atividades principais incluíram relatórios gerenciais sobre o desempenho recente, avanços em projetos de desenvolvimento, reduções históricas de vacância e, especialmente, a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para aprovar a 10ª emissão de cotas, visando captar recursos para expansão. Além disso, foram divulgados informes periódicos e avisos sobre rendimentos, refletindo uma gestão ativa e transparente. Este artigo resume os principais documentos divulgados, destacando os eventos e métricas chave do período.
Este relatório gerencial refere-se ao mês de maio de 2025, mas fornece contexto relevante para as atividades em julho, especialmente no que diz respeito à performance contínua do fundo. O HGLG11 manteve um patrimônio líquido de R$ 5,5 bilhões, com cota patrimonial de R$ 162,63 e cota de mercado de R$ 161,36, resultando em um P/VP de 0,99x e dividend yield de 8,2% ao ano. A vacância física atingiu um recorde histórico de 3,5%, uma redução significativa em relação aos 20,5% de maio de 2023, impulsionada por novas locações, como a da Ceva no imóvel G300 Itupeva. A carteira conta com 28 imóveis e 1,6 milhão de m² de ABL, diversificada em seis estados, com WALE médio de 4,6 anos e predomínio de contratos indexados ao IGPM e IPCA. Financeiramente, a alavancagem foi de 11,7% (ou 13,5% incluindo SPE), considerada saudável, com avanços no desenvolvimento do galpão G100 em Simões Filho (73,3% concluído). O fundo também alocou em outros FIIs logísticos, como INLG11 e FIIB11, e apresentou liquidez com ADTV de R$ 5,2 milhões. Medidas regulatórias, como a autorização para recompra de cotas, foram destacadas como positivas para o setor.
A Carta Consulta para a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocou cotistas para votar eletronicamente até 23 de julho de 2025 sobre a 10ª emissão de cotas do HGLG11. A emissão, sob regime de melhores esforços e regulamentações da CVM (Resoluções 160/2022 e 175/2022), visa captar até R$ 2 bilhões inicialmente, com possibilidade de lote adicional de 25% ou distribuição parcial mínima de R$ 30 milhões. O valor por cota será baseado no patrimonial do mês anterior, acrescido de custo de distribuição de até 2,90%, arcado pelos investidores. Cotistas na data-base terão preferência, subscrição de sobras e montante adicional, sem cessão de direitos. A subscrição mínima é de 10 cotas, e os recursos serão usados para aquisições de ativos, pagamento de obrigações e reserva de caixa. A votação ocorreu via plataformas como B3, Cuore ou e-mail, com ênfase em documentação comprobatória. Rendimentos para novas cotas serão equiparados aos existentes após conversão, com cálculo pro rata durante o período de recibos.
A Proposta do Administrador, emitida pelo Banco Genial S.A., detalha a convocação da AGE para aprovar a 10ª emissão de cotas, com oferta pública sob melhores esforços, alinhada às normas da CVM. Os custos da oferta serão pagos pelos subscritores via custo unitário de distribuição, garantindo equidade. A justificativa enfatiza o crescimento do fundo, com recursos direcionados a investimentos em ativos de alta qualidade para melhorar a remuneração aos cotistas. O valor de emissão será patrimonial, ajustável pelo gestor. A votação requer maioria simples, excluindo conflitos, e toda documentação está disponível nos sites da CVM, administrador e gestor. O processo reforça transparência e conformidade regulatória, visando consolidar o portfólio logístico-industrial do HGLG11.
O relatório gerencial de junho de 2025, com impactos estendidos a julho, mostra o HGLG11 com patrimônio líquido de R$ 5,5 bilhões e valor de mercado de R$ 5,4 bilhões, P/VP de 0,98x e dividend yield de 8,3%. A receita foi de R$ 1,08 por cota, com rendimento distribuído de R$ 1,10, totalizando R$ 6,60 no semestre (102,9% do resultado). A vacância física permaneceu em 3,5%, a menor desde 2017, com novas locações como CSL Vifor no Master Labs. O desenvolvimento do G100 em Simões Filho avançou para 81,84% físico, com Fase 1 entregue ao Mercado Livre. Alavancagem em 11,5% (13,7% com SPE), estratégia focada em cinco pilares: desenvolvimentos, redução de vacância, aprimoramento de portfólio, reciclagem de ativos e gestão de caixa. Vendas parciais geraram ganhos, e a AGE foi convocada para a 10ª emissão de até R$ 2 bilhões. Carteira com 28 imóveis, 1,6 milhão m² ABL, WALE de 4,6 anos, contratos atípicos (70%) e diversificação em FIIs. Liquidez com ADTV de R$ 6,5 milhões e 200 mil cotistas. Passivos gerenciados com dívidas indexadas ao IPCA, projetando desalavancagem.
O Informe Mensal Estruturado de junho de 2025, relevante para o contexto de julho, revela 33.787.575 cotas emitidas, com 506.054 cotistas (majoritariamente pessoas físicas). Ativo total de R$ 6,4 bilhões, patrimônio líquido de R$ 5,5 bilhões e valor patrimonial por cota de R$ 162,74. Portfólio alocado em R$ 5,36 bilhões em imóveis para renda, R$ 302 milhões em FIIs, R$ 396 milhões em ações de sociedades imobiliárias, R$ 90 milhões em CRI/CRA e R$ 11 milhões em LCI/LCA, além de R$ 50 milhões em fundos de renda fixa. Valores a receber incluem R$ 22,5 milhões de vendas de imóveis e R$ 165 milhões outros. Despesas baixas: taxa de administração de 0,046% mensal. Passivo de R$ 947 milhões, com obrigações por aquisições e recebíveis, e imóveis onerados em R$ 2,27 bilhões. O fundo demonstra diversificação, eficiência operacional e potencial de liquidez futura.
Os Outros Documentos da AGE incluem um Instrumento Particular de Alteração de Deliberação Conjunta, firmado em 4 de julho de 2025 entre Banco Genial S.A. (administrador) e Pátria Investimentos Ltda. (gestor). O foco é ratificar a mudança de denominação do fundo de CSHG LOGÍSTICA para PÁTRIA LOG, aprovada em AGE de maio de 2024, para atualizar registros de imóveis e validar propriedade fiduciária. As demais disposições do regulamento permanecem inalteradas, reforçando conformidade e formalidades para prosseguir com atualizações cadastrais.
A Ata da AGE, realizada não presencialmente via consulta formal de 8 a 23 de julho de 2025, registra quórum de 8,75% das cotas. Aprovada a 10ª emissão de cotas com 7,23% de votos favoráveis, sob melhores esforços e normas da CVM, com valor inicial de até R$ 2 bilhões (ajustável). Custo de distribuição de até 2,90% arcado por subscritores, preferência para cotistas existentes e subscrição mínima de 10 cotas. Recursos para aquisições, obrigações e caixa. Em caso de não atingir R$ 30 milhões mínimos, cancelamento com devolução. A assembleia encerrou em 24 de julho, destacando transparência e expansão do fundo.
O Aviso aos Cotistas sobre Rendimentos e Amortizações anuncia distribuição de rendimento de R$ 1,10 por cota, pago em 14 de agosto de 2025, referente ao período de julho. Com preço da cota em R$ 152,00, o retorno mensal é de 0,72%, refletindo consistência na geração de renda para investidores.
Em julho de 2025, o HGLG11 destacou-se pela aprovação da 10ª emissão de cotas na AGE, visando captar até R$ 2 bilhões para expansão, em meio a uma vacância histórica baixa de 3,5%, avanços em desenvolvimentos como o G100 em Simões Filho e performance financeira sólida com dividend yield acima de 8%. Apesar de desafios macro, como altas na Selic, o fundo manteve diversificação, liquidez e gestão ativa, superando benchmarks como IFIX. Esses eventos reforçam o posicionamento estratégico no setor logístico-industrial, com potencial para crescimento sustentável e valorização das cotas.
Este artigo foi baseado em informações do FiiAlerta. O FiiAlerta ajuda os investidores monitorando fundos imobiliários em tempo real, fornecendo alertas sobre relatórios, assembleias, rendimentos e mudanças regulatórias, facilitando decisões informadas e otimizando estratégias de investimento no mercado de FIIs.