O fundo imobiliário Maxi Renda (MXRF11), um dos maiores do mercado brasileiro, passou por um período de desempenho variado em fevereiro de 2025, refletindo tanto os desafios do cenário econômico quanto os esforços da gestão ativa para otimizar os retornos aos cotistas. Com um patrimônio líquido superior a R$ 4 bilhões e mais de 1,27 milhão de cotistas, o fundo mantém sua relevância no segmento híbrido, investindo majoritariamente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e cotas de outros fundos imobiliários. Este artigo resume os principais acontecimentos do MXRF11 com base nos documentos disponíveis, destacando os eventos de dezembro de 2024 e janeiro de 2025, que influenciaram o desempenho até o último mês.
Informe Mensal Estruturado
Em dezembro de 2024, o MXRF11 apresentou um patrimônio líquido de R$ 3,94 bilhões e 1,257 milhão de cotistas, com um valor patrimonial por cota de R$ 9,01. A rentabilidade efetiva mensal foi negativa em -3,47%, impactada por um cenário econômico desafiador, enquanto o dividend yield mensal ficou em 1,08%. Os investimentos estavam concentrados em CRIs (R$ 3,22 bilhões), com disponibilidades de R$ 940 mil e R$ 85,25 milhões em fundos de renda fixa. O passivo incluía rendimentos a distribuir de R$ 43,77 milhões e obrigações de R$ 46,98 milhões, com uma gestão ativa buscando equilibrar os resultados em um ambiente de volatilidade.
Relatório Gerencial
A segunda versão do relatório reforçou o desempenho sólido, com o mesmo rendimento de R$ 0,10 por cota e um total de R$ 450 milhões investidos em cotas de outros FIIs. A gestão ativa foi evidenciada pelas mesmas alocações de R$ 231 milhões em CRIs e R$ 51,75 milhões em permutas financeiras. A carteira diversificada e as garantias robustas dos CRIs proporcionaram estabilidade, enquanto a receita de R$ 48,08 milhões e a reserva de R$ 13,78 milhões ofereceram segurança em um cenário de inflação elevada.
Outros Comunicados Não Considerados Fatos Relevantes
A BTG Pactual, administradora do fundo, anunciou que os Informes de Rendimentos de 2024 seriam exclusivamente digitais, disponíveis no Portal do Investidor até 29 de fevereiro de 2025. Cotistas foram orientados a atualizar cadastros e acessar o portal, com materiais complementares fornecidos para esclarecer eventos do ano. A medida visa reduzir custos e impactos ambientais, mantendo a comunicação eficiente com os investidores.
Informe Trimestral Estruturado
O informe trimestral revelou um resultado líquido negativo de R$ 150,27 milhões, devido a despesas operacionais, como taxas de administração, superando as receitas de juros. O fundo não possui imóveis diretos, focando em ativos financeiros diversificados, como participações em FIIs e securitizadoras. A liquidez era composta por R$ 940 mil em disponibilidades e R$ 85,25 milhões em fundos de renda fixa, indicando desafios financeiros que demandam ajustes estratégicos.
Informe Mensal Estruturado
Em janeiro de 2025, o patrimônio líquido subiu para R$ 4 bilhões, com 1,27 milhão de cotistas e um valor patrimonial por cota de R$ 9,16. A rentabilidade mensal foi positiva em 2,60% (1,60% patrimonial e 1,01% de dividend yield), mostrando recuperação. Os ativos totalizaram R$ 4,05 bilhões, com R$ 3,19 bilhões em CRIs, e o passivo apresentou R$ 39,74 milhões em rendimentos a distribuir, indicando uma estrutura financeira mais saudável.
Outros Comunicados Não Considerados Fatos Relevantes
A administradora reiterou a digitalização dos Informes de Rendimentos de 2024, com acesso exclusivo pelo Portal do Investidor. Dois informes foram emitidos para fundos com troca de administração, e os dados do 4º trimestre estavam disponíveis para pessoas jurídicas, enfatizando a importância da atualização cadastral dos cotistas.
Rendimentos e Amortizações
Foi anunciado um rendimento de R$ 0,09 por cota, com pagamento previsto para 18 de março de 2025, evidenciando a continuidade da distribuição de proventos aos cotistas, alinhada à estratégia de geração de renda do fundo.
Conclusão
O MXRF11 enfrentou um final de 2024 desafiador, com rentabilidade negativa em dezembro e um resultado trimestral deficitário, mas mostrou sinais de recuperação em janeiro de 2025, com crescimento patrimonial e rentabilidade positiva. A gestão ativa, focada em CRIs e permutas financeiras, busca mitigar riscos e maximizar retornos em um mercado volátil. A digitalização dos informes reflete eficiência operacional, enquanto a distribuição de R$ 0,09 por cota em março mantém o apelo do fundo aos investidores. O acompanhamento contínuo será essencial para avaliar a sustentabilidade desses resultados.
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