Em março de 2025, os relatórios divulgados pela administradora do fundo SNAG11, o Suno Agro Fiagro Imobiliário, trouxeram um panorama detalhado sobre sua performance, gestão e perspectivas. Com uma carteira diversificada e foco no agronegócio, o fundo apresentou resultados mistos, refletindo tanto os desafios do cenário macroeconômico quanto sua resiliência histórica. Abaixo, exploramos os principais pontos dos documentos liberados no último mês.
O fundo anunciou a distribuição de proventos no dia 25 de março de 2025, com um rendimento de R$ 0,11 por cota. Considerando o preço atual da cota em R$ 9,15, o retorno mensal foi de 1,2%. Essa distribuição reforça o compromisso do SNAG11 em oferecer rendimentos previsíveis aos cotistas, mesmo em um contexto de volatilidade no mercado.
O informe mensal revelou uma rentabilidade efetiva negativa de -0,4787% em março, composta exclusivamente pela desvalorização patrimonial, já que não houve dividendos adicionais no período. O patrimônio líquido do fundo atingiu R$ 619,5 milhões, com um valor patrimonial por cota de R$ 10,20. A carteira, composta majoritariamente por CRIs (R$ 541,4 milhões) e direitos sobre bens imóveis (R$ 50,2 milhões), mantém uma estrutura financeira sólida, com um passivo baixo de R$ 7,4 milhões e valores a receber de aluguéis (R$ 394,9 mil), que podem impulsionar a recuperação futura.
O relatório gerencial de fevereiro, repercutido em março, destacou uma performance positiva de 1,31%, com distribuição de R$ 0,11 por cota (107% do CDI). A carteira 100% adimplente e a PMT semestral do CRA Shull foram fatores-chave para o resultado. A gestão anunciou a publicação recorrente de guidance, aumentando a transparência. Apesar de desafios macroeconômicos, como inflação e juros altos, o fundo se beneficia de uma carteira diversificada, com destaque para CRAs da Boa Safra e Ruiz Coffees, e mantém uma análise rigorosa de risco de crédito e ESG.
O informe anual de 2024 mostrou um lucro líquido de R$ 65,1 milhões, com R$ 64,2 milhões distribuídos aos cotistas (dividend yield de 15,68%). A carteira, com 100% de adimplência, investiu R$ 95,4 milhões em ativos diversificados, como CRAs e companhias de laticínios. Com 18 ativos imobiliários avaliados em R$ 625,3 milhões, o fundo planeja manter sua estratégia híbrida, focada em CRAs e FIDCs, com perspectivas otimistas para 2025.
As demonstrações de 2024, auditadas pela KPMG, indicaram um lucro líquido de R$ 75,9 milhões, com receitas de CRAs (R$ 74,5 milhões) como principal motor. O total de ativos foi de R$ 629,4 milhões, e os rendimentos distribuídos somaram R$ 63,2 milhões (98,08% do lucro ajustado), resultando em uma rentabilidade anual de 12,29%. Apesar dos riscos de crédito e liquidez, a gestão reforça a solidez da carteira e a ausência de garantias aos cotistas.
A Assembleia Geral Ordinária foi convocada para aprovar as demonstrações financeiras de 2024, com votação à distância via plataforma Certdox. Apenas cotistas qualificados poderão participar, e os resultados serão divulgados após o prazo de votação, mantendo a transparência na governança do fundo.
Março de 2025 trouxe um cenário de contrastes para o SNAG11: enquanto a rentabilidade mensal foi negativa, os rendimentos distribuídos e a solidez da carteira reforçam sua resiliência. O fundo segue como uma opção atrativa no universo dos FIAGROs, equilibrando desafios macroeconômicos com uma gestão ativa e diversificada.
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