O que Aconteceu com o VGHF11 em Outubro de 2025
O Valora Hedge Fund FII (VGHF11), administrado pelo Banco Daycoval S.A., é um fundo de investimento imobiliário com foco em diversificação entre ativos de renda e valorização no setor imobiliário. Em outubro de 2025, os documentos divulgados pelo fundo fornecem insights sobre sua performance recente, composição de carteira e resultados financeiros. Este artigo resume os principais pontos de cada relatório disponível, destacando aspectos como patrimônio, investimentos e distribuições. Embora alguns relatórios se refiram a períodos anteriores (como setembro e junho de 2025), eles foram analisados no contexto das atualizações mensais e anuais que impactam o entendimento do fundo no mês em questão. Nenhum dos documentos é uma reapresentação.
Informe Mensal Estruturado
O Informe Mensal Estruturado refere-se ao mês de setembro de 2025, oferecendo uma visão detalhada da estrutura do fundo. O VGHF11 contava com 391.484 cotistas, predominantemente classificados como "outros" (391.154), além de 330 pessoas físicas, e um total de 164.721.683 cotas emitidas. O patrimônio líquido era de R$ 1.412.004.912,46, com ativos totais de R$ 1.536.076.043,52 e um valor patrimonial por cota de R$ 8,57. A carteira estava concentrada em cotas de fundos imobiliários (R$ 705.789.374,72), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs/CRAs) (R$ 562.727.263,82) e ações relacionadas a FIIs (R$ 204.637.032,54), além de investimentos menores em fundos de renda fixa, ações e certificados de depósito. Não havia valores a receber de vendas ou aluguéis, mas sim R$ 27.597.974,15 de outros itens. As despesas eram baixas, com taxas de administração e custódia de 0,07180% e 0,00440% ao mês, respectivamente. No passivo, destacavam-se obrigações de R$ 124.071.131,06, incluindo taxas a pagar e outros valores, sem dívidas por aquisição de imóveis.
Demonstrações Financeiras
As Demonstrações Financeiras, auditadas pela PricewaterhouseCoopers com opinião sem ressalvas, cobrem o exercício encerrado em 30 de junho de 2025. O foco da auditoria foi na existência e precificação de investimentos em cotas de FIIs e CRIs, que representam a maior parte do patrimônio. O ativo total alcançou R$ 1.603.931 milhões, com 98,38% em ativos financeiros imobiliários (45,32% em CRIs e 47,49% em cotas de FIIs), diversificados em segmentos como logística, lajes comerciais, shopping e residencial. O resultado líquido foi de R$ 90.789 mil, menor que no ano anterior devido a perdas em ações (-R$ 11.942 mil) e redução em CRIs, embora as cotas de FIIs tenham gerado R$ 46.990 mil positivos. O patrimônio líquido caiu para R$ 1.415.402 mil, com valor patrimonial por cota de R$ 8,5692 e rentabilidade negativa de -5,80%. A distribuição de rendimentos superou o mínimo legal (102,62%), com saldo pendente de R$ 16.472 mil. Ativos não financeiros incluíam participações em SPEs avaliadas em R$ 126.257 mil, focadas em residencial e logística em São Paulo. Passivos englobavam operações compromissadas de R$ 83.209 mil, com custos financeiros negativos. Taxas totais somaram R$ 16.920 mil, sem contingências relevantes ou derivativos. Alterações societárias em junho alinharam o fundo à Resolução CVM nº 175/22, e eventos subsequentes envolveram reestruturações de SPEs. O fundo segue enquadramento tributário favorável para FIIs.

Relatório Gerencial
O Relatório Gerencial de setembro de 2025 destaca que o fundo encerrou o mês com 103,7% do patrimônio líquido (R$ 1,4648 bilhões) investido em 139 ativos imobiliários, além de 4,0% em operações compromissadas a CDI + 0,8% ao ano. A distribuição mensal foi de R$ 0,08 por cota, com rentabilidade líquida anual de 11,3% (acumulado de 13,4% nos últimos 12 meses, ou IPCA + 7,8%).
A carteira divide-se em estratégias VALOR (42,9%, com compras em residenciais e ações da You Inc.) e RENDA (57,1%, sem movimentações). Houve inadimplência em CRIs da Selina (marcados a zero) e pendências no CRI Guaicurus. A diversificação inclui CRIs indexados a IPCA e CDI (duration média de 2,8 anos, yield bruto de 11,4%), com altas garantias (105% a 400%). Taxas incluem administração de 0,90% a.a. e performance de 20% sobre excesso do benchmark. Receitas ex-marcação somaram R$ 200,6 milhões nos últimos 12 meses, com resultado distribuível de R$ 179,3 milhões. Movimentações focaram em R$ 10,8 milhões em compras na estratégia VALOR. O portfólio é robusto, com emissores como Helbor e BTG Pactual, e diversificação por indexadores e setores. Cotistas cresceram para 391.483, com liquidez diária de R$ 2,7 milhões e cota fechando a R$ 7,80.
Rendimentos e Amortizações
O Aviso aos Cotistas sobre Rendimentos e Amortizações informa a distribuição de proventos do tipo Rendimento para o código VGHF11. O pagamento ocorrerá em 07/11/2025, no valor de R$ 0,07 por cota, com preço atual de R$ 7,64 e retorno mensal de 0,92%. Essa distribuição reflete o desempenho recente e segue a política de rendimentos do fundo.
Conclusão
Em outubro de 2025, o Valora Hedge Fund FII demonstrou estabilidade em sua estrutura patrimonial e diversificação de investimentos, apesar de desafios como inadimplências em certos CRIs e uma rentabilidade negativa no semestre anterior. Os relatórios destacam uma gestão ativa, com foco em estratégias de valor e renda, alta liquidez e distribuições consistentes acima do mínimo legal. O fundo mantém um portfólio robusto, com ênfase em garantias sólidas e superação de benchmarks, posicionando-se como uma opção atraente para investidores no setor imobiliário. No entanto, riscos como inadimplências demandam monitoramento contínuo.
FiiAlerta
Por fim, indicamos o FiiAlerta, uma plataforma que ajuda os investidores a monitorar fundos imobiliários em tempo real, enviando alertas sobre distribuições, relatórios gerenciais, variações de cotas e eventos relevantes, facilitando decisões informadas e otimizando a gestão de portfólios.
